Platform engineering: a importância de tratar a arquitetura digital como uma plataforma | NTT DATA

seg, 12 maio 2025

Platform engineering: a importância de tratar a arquitetura digital como uma plataforma

Uma abordagem estratégica que acelera o time-to-market das soluções empresariais e aprimora tanto a eficácia quanto a experiência dos desenvolvedores.

 

Platform Engineering

O conceito de platform engineering propõe uma arquitetura digital pensada como plataforma, em que a tecnologia está disponível de forma automatizada e em modo self-service.

As plataformas digitais definem as diretrizes de arquitetura desejáveis para a organização, centralizam os esforços de suporte e estabelecem métricas para avaliar o desempenho. Assim, as plataformas são a peça-chave onde convergem todos os times de desenvolvimento, onde são criadas as soluções de negócio e onde se define o valor agregado que cada tecnologia pode oferecer à organização.

Os benefícios são diversos. Em primeiro lugar, impulsionam o time-to-market, um fator crítico em um cenário volátil e incerto, no qual a capacidade de resposta rápida faz toda a diferença. De fato, as plataformas digitais aceleram o uso de tecnologias, permitindo o desenvolvimento ágil de POCs, MVPs e outras iniciativas, com foco em colocar os casos de uso em produção. No caso de tecnologias emergentes, facilitam sua escalabilidade dentro da organização, ao torná-las acessíveis a todos os desenvolvedores.

Além disso, reduzem a curva de aprendizado e adoção, e maximizam a experiência dos desenvolvedores — algo essencial em tempos de alta rotatividade e escassez de talentos.

Platform engineering também incorpora práticas de SRE (Site Reliability Engineering), que abrangem temas como observabilidade, telemetria, AIOps, chaos engineering e a capacidade de self-healing das soluções. Isso é fundamental: as equipes de engenharia de plataforma são responsáveis por garantir o uso adequado das tecnologias em produção. Essas práticas tornam as soluções mais seguras, escaláveis, confiáveis, resilientes e eficientes em termos de custo.

 

Plataforma digital passo a passo

O primeiro passo é identificar os domínios (como canais digitais, por exemplo) que mais se beneficiariam dessa abordagem — seja pelo alto volume de desenvolvedores, ou pela necessidade de entregas contínuas/implantações contínuas (CI/CD). Surge então a discussão sobre quem deve financiar essa equipe: CIOs e CTOs devem prever esse investimento como parte estrutural da TI, e não depender de demandas pontuais de outras áreas, se quiserem estar preparados para se antecipar às necessidades dos negócios.

Recomenda-se pensar pequeno no início: habilitadores de DevOps mais automatizados ou um portal de provisionamento para gestão de ambientes temporários. Caso o valor seja agregado desde o primeiro minuto, será mais fácil adotar conceitos mais avançados, como a promoção do catálogo de componentes empacotados (PBCs) gerenciados a partir de um portal de desenvolvedor interno (IDP) ou a promoção da composibilidade para facilitar e acelerar a montagem de soluções.

É natural surgirem atritos entre as equipes (engenharia, arquitetura, infraestrutura, DevOps) sobre quem será o product owner dessa nova estrutura. Mas o mais importante é o “como”: que o responsável adote os novos paradigmas e enfrente a situação atual. Platform engineering também impulsiona um modelo ZeroOps aplicado ao ciclo de vida do desenvolvimento de software, o que exige mudanças organizacionais que podem gerar resistência. Por isso, é essencial avançar paralelamente com programas de gestão da mudança.

Em resumo, a platform engineering tem como objetivo liberar os desenvolvedores das complexidades tecnológicas e capacitá-los a se concentrarem no fornecimento de valor agregado.


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