A evolução da IA Generativa (GenAI) é vertiginosa. Enquanto olhávamos com expectativa para o desenvolvimento de agentes inteligentes (Agentic AI), uma das tendências tecnológicas mais relevantes de 2025 de acordo com todos os consultores especializados, uma nova disrupção chegou da China: a empresa DeepSeek demonstrou que os modelos podem ser desenvolvidos e treinados com uma perspectiva sustentável, com uso eficiente de recursos, custos mais controlados e menor consumo de energia. Estamos diante de um novo paradigma?
Neste mundo em rápida evolução, a liderança é cada vez mais importante para criar o ambiente certo para os talentos no mundo da IA.
A etapa mais urgente será a capacitação. Duas em cada três empresas latino-americanas admitem que seus colaboradores não têm as habilidades necessárias para trabalhar com a GenAI, de acordo com o estudo Global GenAI Report 2025 da NTT DATA. O aprimoramento das habilidades de todos os colaboradores não pode esperar. Desenvolvemos uma estrutura de treinamento para permitir que nossos mais de 200.000 colaboradores adquiram as habilidades necessárias para se destacar nesse novo ambiente.
Mas a definição da estrutura é apenas o começo. A participação efetiva dos líderes, demonstrando sua participação e envolvimento nos processos de treinamento para, assim, contagiar suas equipes, é fundamental.
A tarefa não termina aí. Outra etapa fundamental para criar o ambiente certo para o talento na era da IA Generativa é impulsionar a adoção. Muitas pessoas não utilizam as ferramentas, mesmo que tenham recebido treinamento ou conheçam a tecnologia, simplesmente porque se esquecem ou porque não as incorporaram.
É necessário implantar incentivos para seu uso, focar nos benefícios que ela oferece nas tarefas cotidianas e, fundamentalmente, erradicar os receios. É natural que o novo gere receios e incertezas.
Nesse sentido, a promoção de um ambiente colaborativo “de humano para humano”, por si só, já é uma tarefa desafiadora e já não é mais suficiente. Chegou a hora de adicionar relações entre “humano-agente de IA” à estratégia. Precisamos incentivar as pessoas a experimentar, descobrir os benefícios e comprovar que essa é uma tecnologia com potencial para melhorar sua qualidade de vida.
O desenvolvimento da confiança é paradoxal no comportamento humano. Nós nos aproximamos daquilo em que confiamos. Mas, para confiar, precisamos nos aproximar primeiro. Portanto, quanto mais talentos experimentarem a IA Generativa, mais terão vontade de adotá-la. Em longo prazo, podemos até desenvolver uma simpatia por ela. Assim como acontece com o restante de nossos colegas de trabalho.