Operações autônomas na mineração: como escalar pilotos com sucesso | NTT DATA

ter, 14 outubro 2025

Operações autônomas na mineração: como escalar pilotos com sucesso

Um estudo da NTT DATA e da MIT Technology Review em espanhol revelou que apenas 28% dos projetos de mineração autônoma conseguem alcançar totalmente os benefícios previstos.

 

A transformação rumo à mineração autônoma

A mineração vive uma das maiores revoluções das últimas décadas, talvez a mais importante de sua história: a evolução para operações cada vez mais autônomas. Uma transformação tecnológica, estratégica e cultural. E para que os investimentos nessa tecnologia tenham sucesso, as empresas do setor precisam ir além da mera aquisição de equipamentos inteligentes: é essencial integrar essas capacidades à estratégia de negócio, à infraestrutura e à cultura organizacional.

Fatores-chave para o sucesso da automação na mineração

O recente estudo “Autonomía en la minería 2025”, da NTT DATA e da MIT Technology Review em espanhol, mostra que apenas 28% das empresas afirmam que seus projetos alcançam totalmente os benefícios esperados. O dado é claro: para gerar valor de forma sustentável, é preciso coordenar diversas peças ao mesmo tempo.

Benefícios esperados da mineração autônoma

As empresas geralmente priorizam processos em que a automação oferece maior retorno sobre o investimento: transporte, perfuração e carregamento tendem a ser os primeiros candidatos. No entanto, o primeiro fator crítico de sucesso é ter visão e estratégia claras, definidas pela alta liderança e alinhadas aos objetivos concretos do negócio. Essa visão precisa permear toda a organização para evitar um dos maiores entraves do sucesso: iniciativas isoladas que não se conectam entre si e com o plano estratégico.

Dentre os principais benefícios esperados com as operações autônomas estão: melhoria na segurança, aumento da produtividade e otimização de custos.

Enfoque tecnológico, humano e cultural

As operações autônomas exigem conectividade robusta em ambientes desafiadores, integração entre sistemas de TI e TO (tecnologia da informação e tecnologia operacional) e plataformas de dados capazes de orquestrar equipamentos, monitorar em tempo real e permitir a tomada de decisão baseada em análises avançadas. Sem essa base tecnológica, a autonomia acaba se tornando um conjunto de pilotos desconectados, incapazes de alcançar uma escala em nível organizacional.

A gestão da mudança é outro pilar essencial. Essa transição envolve redesenhar funções, capacitar a força de trabalho e promover uma cultura de confiança na tecnologia. Como aponta o estudo, a falta de alinhamento cultural é um dos principais obstáculos à adoção: se a equipe não entende, não acredita ou não colabora com os sistemas autônomos, o processo de evolução estagna.

Escalabilidade e maturidade tecnológica

Por fim, é fundamental adotar um enfoque incremental. As mineradoras que alcançam resultados sustentáveis são aquelas que começam com pilotos controlados, medem o impacto e escalam progressivamente rumo a um modelo integrado. O uso de gêmeos digitais, por exemplo, atua como um acelerador para avaliar o grau de maturidade da autonomia e otimizar a operação em tempo real.

Conclusão: o futuro da mineração é autônomo

O futuro da mineração será cada vez mais autônomo, mas seu sucesso dependerá de como as empresas articulam estratégia, tecnologia e pessoas em um ecossistema coeso. As organizações que iniciarem essa jornada agora, com visão clara e parceiros estratégicos adequados, estarão melhor posicionadas para liderar a próxima década de transformação do setor.


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