As cinco tendências destacadas no relatório NTT DATA Technology Foresight 2025 têm um ponto em comum: o avanço das novas tecnologias está ampliando os limites que, historicamente, desafiaram as organizações.
A primeira tendência, por exemplo, "humanos aprimorados”, destaca o uso cada vez mais massivo de assistentes inteligentes, copilotos e bancos de dados vetoriais (que armazenam representações numéricas de dados não estruturados como imagens, vídeos ou áudios). Ao mesmo tempo, consolida-se o conceito de Agentic AI, que propõe uma IA mais autônoma e agentes inteligentes capazes de resolver problemas complexos de forma proativa.
Com essas ferramentas, o potencial humano deixa de estar limitado ao tempo disponível para realizar uma tarefa ou à sua complexidade. Nem mesmo a falta de conhecimento específico será uma barreira.
Qual o próximo passo para colocar isso em prática? O primeiro passo é mapear os principais gargalos nos fluxos de trabalho da organização. Em seguida, é recomendável priorizar dois ou três desses desafios e direcionar os recursos de IA para solucioná-los de forma eficaz.
De interações pontuais a relacionamentos duradouros
“Experiências inteligentes e imersivas” é a segunda tendência de destaque no relatório. A proposta é personalizar cada ponto de contato com o cliente, transformando cada interação em uma relação sólida e duradoura. Para isso, são utilizadas inovações como a convergência entre o mundo físico e o digital (por meio de tecnologias como computação espacial) e os humanos digitais (representações virtuais de pessoas que parecem e agem como seres humanos).
A transição para esse novo modelo deve ser gradual e iterativa. É preciso analisar como é a experiência atual do cliente em cada ambiente de contato (site, lojas físicas, redes sociais, assistentes virtuais etc.) e avaliar as ferramentas tecnológicas disponíveis para melhorar a experiência.
Sustentabilidade e nuvem inteligente
Na terceira tendência, “sustentabilidade digital para resiliência econômica”, vemos que as estratégias sustentáveis continuam relevantes à medida que a responsabilidade social e ambiental segue sendo uma exigência de clientes, fornecedores, investidores e parceiros. Mas um novo aspecto ganha força: elas também devem considerar o impacto econômico, gerando novas fontes de rentabilidade.
Quanto à “convergência para a cloud cognitiva”, observa-se uma interseção crescente entre cloud e IA. Isso permite casos de uso que vão desde otimização de redes com IA até a oferta de serviços financeiros com máxima segurança. A primeira recomendação aqui é identificar uma unidade de negócio estratégica em que a integração entre cloud e IA melhore a tomada de decisão orientada por dados.
Segurança proativa, integrada e transparente
Por fim, a “fusão acelerada da segurança” é essencial para proteger todo esse ecossistema. Respostas reativas ou estratégias em silos não têm espaço em um mundo hiperconectado. O segmento de cibersegurança, ainda em estágio inicial de desenvolvimento, ainda não passou por seu processo de consolidação.
Hoje, a análise de dados e a IA, aliadas a modelos zero trust, permitem estabelecer plataformas integradas de cibersegurança com respostas automatizadas a ataques. O ideal é que a segurança atue de forma invisível, integrada ao ambiente digital, antecipando ameaças e neutralizando ataques antes mesmo que se tornem perceptíveis aos invasores.
O caminho rumo ao futuro exige visão clara, investimentos inteligentes e capacidade de se adaptar aos avanços. É hora de romper os limites e aproveitar o poder transformador da inovação.