CISOs: O Papel Estratégico na Adoção Segura da IA Generativa | NTT DATA

sex, 11 julho 2025

IA Generativa na cibersegurança: o desafio estratégico para os CISOs

No início deste ano, publicamos um estudo sobre a adoção da IA Generativa nas áreas de cibersegurança com o objetivo de comparar a realidade da América Latina com outras regiões do mundo. Identificamos que, embora as organizações latino-americanas tenham a IA Generativa em suas agendas, ainda há um longo caminho para que a adoção seja total, especialmente nas áreas de segurança. Para se ter uma ideia, embora 77,68% afirmam trabalhar com IA, apenas 24,79% adotam essa tecnologia na cibersegurança.

Agora, lançamos um novo estudo que amplia o alcance geográfico da análise e propõe uma reflexão: como equilibrar a gestão de riscos com a inovação? No atual cenário digital, integrar a IA às estratégias de cibersegurança não é uma opção, mas uma necessidade. A GenAI oferece diversas oportunidades para ganhos operacionais, melhorias no atendimento e até a possibilidade de criação de novos modelos de negócio.

A influência da GenAI sobre a definição das estratégias organizacionais é cada vez mais determinante para a evolução dos modelos de negócio. Nesse contexto, o CISO deve atuar como um agente catalisador da adoção, ajustando seus frameworks de segurança para que estejam preparados para incorporar a tecnologia.

Lacunas, regulamentações e capacitação: os desafios em pauta

Em escala global, apenas 38% dos CISOs concordam que a estratégia de GenAI de suas organizações está alinhada com a estratégia de cibersegurança, evidenciando uma lacuna significativa que pode expor as empresas a riscos ainda maiores.

Esse dado também pode ser encarado como uma oportunidade para que os CISOs assumam a liderança e garantam que as considerações de segurança estejam presentes desde o início das iniciativas com IA. Essa percepção contrasta com a dos CEOs, dos quais 94% afirmam que a GenAI motivou o aumento dos investimentos em cibersegurança, uma vez que a tecnologia introduz novas ameaças e torna possíveis ataques significativamente mais sofisticados.

No que diz respeito à proteção, muitas empresas buscam orientação nas regulamentações emergentes. No entanto, cerca de 82% das organizações ainda consideram essas normas pouco claras, reforçando a necessidade de marcos regulatórios mais objetivos.

Outro desafio relevante é a formação da força de trabalho. É fundamental reduzir a lacuna de competências e capacitar os profissionais em GenAI, para que sejam capazes de mitigar os riscos associados à sua adoção.

O novo protagonismo do CISO na era da GenAI

A integração de IA e GenAI às estratégias de segurança representa muito mais do que uma simples modernização tecnológica. Trata-se de uma transformação profunda na abordagem da cibersegurança dentro das organizações. O CISO precisa assumir o protagonismo e liderar suas organizações neste período de transformação. Isso requer uma mudança cultural, em que a adoção da IA ocorra com garantias de segurança, ética e geração de valor para os negócios.

Equilibrar segurança e inovação com o uso de IA é um desafio constante, que exige vigilância, capacidade de adaptação e uma visão estratégica de longo prazo. À medida que exploramos todo o potencial dessa tecnologia, é fundamental reforçar nosso compromisso com a proteção dos ativos digitais e com a garantia da integridade operacional.

O futuro da cibersegurança dependerá da nossa capacidade de navegar nesse cenário complexo. Profissionais da área de cibersegurança devem assumir a responsabilidade de liderar esse caminho rumo a um futuro mais resiliente e confiável.


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