Diz-se que não há melhor mecanismo do que bons exemplos para promover melhorias, gerar aprendizado, adaptar-se às mudanças culturais e consolidar novos comportamentos. Se esses exemplos forem estabelecidos pelos líderes de um segmento, o efeito positivo é potencializado.
O livro "Plataformas digitais em instituições financeiras na América Latina", apresentado pela NTT DATA, compila experiências relacionadas a arquiteturas e plataformas no setor bancário da região. Com foco nas lições aprendidas e nos processos de transformação digital que alguns dos mais importantes players do segmento vivenciaram para que possam ser tomados como exemplo e assim promover uma melhor qualidade de serviços nos diferentes países, maior inclusão financeira com maior facilidade de acesso aos cidadãos e, como resultado dos dois pontos anteriores, uma melhoria no dia a dia das pessoas, uma vez que todos nós estamos envolvidos diariamente em transações financeiras.
Algumas conclusões centrais nos permitem vislumbrar o futuro desta indústria: em um ambiente cada vez mais competitivo - tanto no próprio mercado quanto devido ao surgimento de players tradicionalmente não financeiros - com a crescente pressão regulatória e clientes cada vez mais informados e exigentes, as arquiteturas e plataformas digitais - com a nuvem desempenhando um papel de destaque - estão ganhando relevância como ferramentas essenciais para acelerar os negócios.
De fato, foi constatado que mais de 70% das principais instituições financeiras possuem uma plataforma unificada que permite o lançamento de novos produtos e serviços digitais sem a necessidade de investir tempo em complexidades técnicas ou tecnológicas. Assim, eles atingem níveis mais altos de time to market, qualidade, segurança, resiliência e eficiência em cada um de seus projetos, o que resulta em uma melhor experiência do cliente e vantagens competitivas significativas. A metodologia DevOps (acrônimo para "desenvolvimento" e "operações"), propõe uma nova forma de trabalho para as áreas de TI, mais dinâmica, ágil, colaborativa e produtiva, enquanto impõe o desafio de romper o status quo em relação à forma como as coisas vêm sendo realizadas ao longo da história.
Modernização, resiliência e experiência do cliente
Os complexos sistemas legados, que são considerados uma barreira para a inovação e ainda continuam sendo bastante comuns neste tipo de negócio, não têm mais espaço nesta nova realidade.
As histórias relatadas provam que os resultados são otimizados à medida que as instituições bancárias adotam arquiteturas e plataformas abertas e ágeis enquanto implantam planos de automação para aumentar a eficiência e estratégias de sustentabilidade para melhorar sua reputação, em um contexto em que tanto clientes quanto investidores exigem um comportamento mais responsável.
Ao mesmo tempo, a pandemia demonstrou que a resiliência é um valor chave para as organizações que procuram permanecer competitivas em um mundo tão acelerado. Um outro desafio para os bancos é que a velocidade de lançamento de produtos não comprometa a estabilidade operacional, a segurança e a conformidade. Por esta razão, metodologias como a SRE (Site Reliability Engineering), que permite a melhoria contínua e segura adaptada a modelos ágeis, ou a chaos engineering, que propõe a execução de caos premeditado para ver se o sistema continua respondendo, estão se tornando o centro das atenções.
Neste caminho de crescimento, o cliente está definitivamente no centro: as instituições financeiras estão criando experiências 100% digitais para acessar qualquer produto ou serviço com apenas alguns cliques, com toda a segurança proporcionada pela biometria integrada (ou seja, o cliente pode garantir que é ele quem está acessando por suas características biológicas) e em apenas alguns minutos a qualquer hora e de qualquer lugar a partir de um aplicativo.
Novos modelos de negócios mais colaborativos estão surgindo, como o Open Banking, que incentiva diferentes players a trocar informações para fornecer um melhor serviço aos usuários, e o Banking as a Service, que oferece a oportunidade de criar produtos e serviços com capacidades bancárias fornecidas como um serviço. E, é claro, o universo criptográfico, mais de 50% dos participantes deste livro possuem algum tipo de estratégia em termos de ativos virtuais.
Os desafios são variados e numerosos. O futuro é digital. Este livro, incluindo as duas premissas anteriores, funciona como um GPS de sucesso, apresentando exclusivamente os caminhos que já foram percorridos pelas principais instituições financeiras da região, que conduzem a um destino de sucesso.
