Operações Autônomas: Quatro casos de uso para conhecer o mundo que está por vir
Aplicações práticas desse novo paradigma em setores de serviços financeiros, manufatura, saúde e logística.
Estamos entrando na era das Operações Autônomas (OA). Processos que contam com o suporte de uma combinação de tecnologias (como inteligência artificial, Internet das Coisas, análise avançada, entre outras), sem intervenção humana e capazes de tomar suas próprias decisões e aprender continuamente.
Embora esse seja um conceito que está dando seus primeiros passos no mercado, alguns dos benefícios propostos já podem ser observados. Alguns dos mais proeminentes são a eliminação da subjetividade nos processos de tomada de decisão (por exemplo, ao determinar se uma pessoa está apta a realizar uma determinada operação ou a ocupar um novo cargo), a minimização de erros devido à entrada ou manipulação manual de dados, um aumento sem precedentes na produtividade e a possibilidade de proporcionar experiências satisfatórias e altamente personalizadas aos clientes.
Isso não passaria de um conjunto de palavras ou definições, mas na NTT DATA estamos trabalhando em alguns projetos que nos permitem explicar, com exemplos, o impacto positivo da OA nos negócios e também em nossa vida cotidiana.
Hipotecas em minutos
Ao contrário do que se pensa, a OA não se restringe à automação das linhas de produção em fábricas, trata-se de um fenômeno que pode ser aplicado a qualquer setor e a qualquer função dentro da cadeia de valor de uma empresa.
Por exemplo, o setor financeiro pode aplicá-la para simplificar a compra de imóveis. A evolução das normas e dos processos no setor tornou a obtenção de uma hipoteca muito complexa, entre a triagem de risco e todos os documentos necessários para compor o processo do cliente.
A OA pode utilizar um agente inteligente com o apoio da IA para coletar os dados necessários (usando o sistema de hipotecas, o histórico bancário do usuário e as informações do imóvel), validá-los em tempo real e fornecer a solução on-line.
Custos mais baixos, riscos mais baixos, menos problemas
Exemplos semelhantes podem ser encontrados em diferentes setores. Na produção industrial, uma rede de agentes inteligentes pode ser implantada para lidar com a transferência de materiais entre fábricas, planejar e executar a produção e resolver problemas que possam surgir ao longo do caminho para melhorar os prazos de entrega, reduzir o estoque, reduzir os custos de transporte e evitar erros.
No segmento de saúde, um dos maiores desafios para os hospitais é manter as salas de cirurgia, de quimioterapia e de outros tratamentos perfeitamente limpas e desinfetadas. A maneira tradicional de fazer isso geralmente depende de dispositivos portáteis de luz ultravioleta que devem ser transportados e operados pela equipe. Além do custo, a luz ultravioleta gera riscos à saúde. Com a OA, robôs autônomos são usados para a desinfecção de instalações de forma econômica (com uma redução de custos de até 96% em cinco anos) e sem riscos para os profissionais.
Já uma empresa de logística pode usar a OA para manutenção preventiva da frota. A empresa automotiva da qual os caminhões são comprados se conecta ao banco de dados do veículo e analisa o histórico de manutenção de cada veículo e os problemas associados para programar reparos antes que os problemas ocorram. A redução de interrupções não planejadas pode ser reduzida em até 90% e a vida útil de cada veículo é estendida em uma média de dois anos e meio.
Estes são apenas alguns casos de uso de um paradigma que está prestes a se consolidar nos próximos anos e que gerará uma verdadeira revolução no mundo dos negócios, uma breve visão para entendermos melhor o futuro que já está chegando.