IA na América Latina: o desafio de capitalizar e mantê-la sob controle | NTT DATA

ter, 23 abril 2024

IA na América Latina: o desafio de capitalizar e mantê-la sob controle

O desafio de capitalizar a IA e mantê-la sob controle

O uso ético e responsável dessa tecnologia, fundamental para o futuro dos negócios, é cada vez mais importante para as empresas da América Latina.

A massificação da IA GENERATIVA no fim de 2022 evidenciou o potencial dessa tecnologia que pode aprimorar os setores, aumentar as habilidades humanas no ambiente de trabalho e repensar os negócios para o futuro. Mas também serviu de alerta, pois, ao interagir diretamente com o poder da inteligência artificial IA, muitas pessoas começaram a entender, imediatamente, seus riscos inerentes.

Desafios e oportunidades da inteligência artificial na América Latina

A  terceira edição do estudo O relatório Inteligência Artifical na América Latina 2023",elaborado pela NTT DATA em parceria com a MIT Technology Review, en espanhol, traça um panorama dos desafios que a região enfrenta na jornada da adoção da IA. Esta mudança expressiva foi apresentada na terceira edição do relatório Inteligência Artificial na América Latina 2023 da NTT DATA, em colaboração com a MIT Technology Review.

Por um lado, 71% das organizações da região afirmam que essa inovação oferece grandes oportunidades potenciais para seus negócios. Por outro lado, as preocupações éticas e de responsabilidade, que se mostraram eram secundárias nas edições anteriores, agora ganham mais destaque e, hoje, estão entre os principais desafios das empresas em sua jornada rumo à da inteligência artificial.

A questão tem sua relevância, por exemplo, a IA generativa voltada para o cliente promove uma experiência nova e envolvente,, mas, ao mesmo tempo, aumenta os riscos de ter sua reputação prejudicada (como consequência dos vieses ou respostas distorcidas) ou até mesmo do uso indevido de dados.

Portanto, é tão importante que as organizações latino-americanas se preocupem com a questão e tomem as devidas precauções. Por enquanto, conforme constatado no estudo, 50% das organizações indicaram quatro princípios éticos como "fundamentais" no projeto e desenvolvimento da IA: transparência - em que os usuários saibam como a inteligência artificial funciona e quais dados utiliza para obter seus resultados - privacidade, segurança e responsabilidade. Este último implica que os "proprietários" da solução assumam a responsabilidade pelas decisões tomadas pela IA,  incluindo qualquer dano potencial causado por ela.

 

Conscientização e controle da IA

A primeira medida concreta que uma organização pode tomar para um uso mais cuidadoso da IA é a conscientização. Todos os colaboradores da empresa devem entender a importância da questão e os possíveis impactos do uso inadequado. 

Ao contrário do que acontecia até pouco tempo, o número de pessoas com acesso a essa solução não está mais limitado a cientistas de dados ou especialistas em tecnologia: a IA agora está amplamente democratizada e colaboradores de todos os setores a utilizam em suas tarefas diárias.

A segunda etapa é criar as áreas, os departamentos, os comitês e os processos para garantir o monitoramento contínuo de auditorias, verificações de ética e responsabilidade e atualizações para cada uma das soluções de IA que a empresa implementa e utiliza. Novamente, a democratização da tecnologia torna os controles um verdadeiro desafio.

Uma excelente notícia é a estrutura regulatória adotada recentemente pela União Europeia, denominada "AI Act". Essa regulamentação da IA serve como referência e pode ser para a América LatinaIA o que o GDPR foi para a privacidade de dados, ou seja, o ponto de inspiração no qual o restante dos países se baseou para criar suas próprias regulamentações.

A ética no uso da IA vai além das grandes empresas, requer o envolvimento dos governos, dos órgãos reguladores para definir regras e penalidades com base na cultura e nos valores de cada país, e do próprio setor para avançar na evolução dessa tecnologia, garantindo que a prioridade seja uma ferramenta para beneficiar a sociedade.

 

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