Uma estratégia de People Analytics será fundamental para aprimorar a tomada de decisões sobre talentos, pois ajuda a gerar um ambiente de trabalho que impulsiona a inovação e a aprendizagem contínua para atrair os melhores talentos e fazer com que permaneçam engajados.
Poucas coisas mudaram tanto nos últimos anos quanto o trabalho. Desde a maneira como trabalhamos até os ambientes em que trabalhamos e as expectativas dos profissionais muito mais digitais, a transformação foi vertiginosa. Os modelos híbridos, que combinam tarefas presenciais e remotas, parecem ganhar terreno, enquanto a adoção do trabalho remoto está se consolidando. Nesse contexto, o desafio de manter uma cultura organizacional coerente e coesa, um senso de pertencimento e altos níveis de comprometimento dos colaboradores é cada vez mais complexo.
Ao mesmo tempo, o perfil do colaborador do futuro passa por uma transformação: mais flexível, capaz de se adaptar a mudanças e inovações, disposto a aprender continuamente e com o pensamento analítico e habilidades para compreender o mundo e o mercado em que atua. Dessa forma, as empresas enfrentam o desafio constante de continuar competitivas e relevantes em um mercado em evolução. A implementação de estratégias de People Analytics pode ser uma oportunidade para entender as expectativas dos colaboradores e estar um passo à frente.
Entre o bem-estar, o upskilling e o reskilling
As práticas de People Analytics são fundamentais para resolver esse quebra-cabeça. Elas permitem que você colete dados sobre as pessoas e os transforme em informações práticas para implantar estratégias de bem-estar, um melhor ambiente de trabalho que impulsione a inovação e o desenvolvimento de carreiras com estratégias de reskilling e upskilling personalizadas de acordo com as habilidades, os interesses, os comportamentos e o objetivo de cada colaborador. Em resumo, trata-se de aproveitar o poder dos dados para encontrar a interseção entre as expectativas dos colaboradores e as necessidades da empresa e assim tornar realidade o modelo "people centric".
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Os líderes, por enquanto, podem usar esses dados para criar estratégias destinadas a criar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional para suas equipes. O estudo People Analytics: Decifrando o novo comportamento do colaborador digital, realizado pela NTT DATA, revelou que 60% das organizações latino-americanas estão caminhando nessa direção, priorizar líderes centrados no ser humano que demonstrem qualidades como empatia, adaptabilidade, honestidade e comunicação autêntica. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, pois somente 5% dos colaboradores têm um relacionamento de coaching com seus líderes (uma interação 1:1 de pelo menos 15 minutos) e 37% não realizam reuniões com seus managers.
Atração de talentos digitais
Para atrair talentos digitais, as áreas de capital humano precisam enfrentar os desafios da transformação digital: renovar suas plataformas tecnológicas, implementar metodologias inovadoras, gerar uma proposta de valor atraente e planejar a experiência do colaborador. Para 80% dos líderes desse setor, tanto a cultura organizacional quanto o posicionamento como "empregador digital" são fundamentais para despertar o interesse de novos perfis. A flexibilidade é um valor quase unânime, 82% afirmam que precisam oferecer formatos diferentes para atender aos hábitos e às necessidades de sua diversificada força de trabalho.
Aprimoramento do ambiente de trabalho
E quanto à retenção? Nessa área, 52% das respostas indicam que o treinamento e o desenvolvimento são os principais fatores. O bem-estar, como mencionado, é outra questão fundamental. No entanto, a pesquisa encontrou várias lacunas nessa área. Por exemplo, 25% dos colaboradores trabalham mais de cinco horas por semana e outros 52% trabalham entre uma e cinco horas por semana fora do horário de trabalho. Uma análise precisa desses dados é fundamental para antecipar possíveis problemas, como o burnout, um risco que é aumentado pela hipertecnologização dos locais de trabalho, pois apenas 22% dos colaboradores têm períodos de duas ou mais horas consecutivas sem reuniões, resultando em baixos níveis de concentração.
A liderança exerce um papel essencial na transformação digital de uma organização, pois os líderes devem traduzir a visão dos stakeholders em uma estratégia viável e devem compreender e adotar a mudança pessoalmente para inspirar suas equipes e manter as pessoas no centro do crescimento organizacional. Isso implica em promover uma mentalidade de inovação aliada a uma cultura ágil, baseada na flexibilidade e na capacidade de uma rápida adaptação.
Por isso, o People Analytics é a chave para capitalizar os dados disponíveis e transformá-los em iniciativas e práticas de trabalho que produzam uma cultura mais digital e sustentável, criando experiências personalizadas para os colaboradores e alinhadas às necessidades da organização. Revolucionando assim a cultura organizacional por meio da análise de dados.
Faça o download do relatório: People Analytics: Decifrando o novo comportamento do colaborador digital.