No primeiro artigo da nossa série, mostramos a importância do desenvolvimento declarativo em relação à escrita de código e ao final citamos algumas das funcionalidades que o Industries traz para permiti-lo. Mas o que é o Salesforce Industries? Como ele consegue nos ajudar no desenvolvimento com baixo ou sem código?
O Salesforce Industries é um produto da Salesforce voltado para acelerar a transformação digital de companhias de segmentos específicos do mercado, como Telecomunicações, Energia e Utilidades, Saúde e Seguros. O time de engenheiros do CRM n° 1 do mundo mapeou os principais processos de negócio de tais segmentos, de modo a acelerar suas implementações Salesforce e a garantir que estas sejam robustas.
Mas como fizeram isso? Principalmente a partir de três vertentes: o desenvolvimento de um modelo de dados adaptado para as necessidades do segmento, a criação de ferramentas OmniStudio para a promoção do desenvolvimento declarativo e o mapeamento de processos de negócio com a capacidade de serem adaptados para cada cliente.
Um dos desafios de cada implantação Salesforce é desenvolver um modelo de dados que se adeque bem ao processo do cliente e que crie na menor quantidade possível campos e objetos customizados (já que, como vimos, eles têm um elevado custo de manutenção associado a longo prazo). Assim, o Industries incorpora às organizações um modelo de dados pensado para o seu segmento, acelerando o Time-to-Market e contendo entidades que são comuns à sua indústria, tudo de acordo com as melhores práticas.
Por outro lado, os segmentos do Industries provenientes da aquisição da Vlocity pela Salesforce (Telecomunicações, Energia, Seguros e Saúde) acrescentam ainda uma série de ferramentas que auxiliam no desenvolvimento declarativo, conhecidas como pacote OmniStudio. Com Omniscripts, por exemplo, é possível gerar fluxos guiados através de uma interface drag-and-drop, que podem ser utilizados na instância, em Comunidades ou até em páginas externas. Com Integration Procedures, por sua vez, pode-se executar múltiplas ações (desenhadas também declarativamente) em uma única chamada ao servidor, melhorando a performance. E isso sem falar dos DataRaptors, Flexcards, Decision Matrices, Expression Sets ou do Document Generator.
Por fim, o Industries providencia uma série de pacotes desenhados para uma série de processos de negócio, como soluções de CPQ para configuração, precificação e cotização, facilitando e agilizando novas vendas, de Order Management para que o cliente possa ter os seus produtos ativados nos legados e de Contract Lifecycle Management para a gestão completa do ciclo de vida do contrato, todos bem integrados ao CRM e com componentes já desenvolvidos.
Dessa forma, alguns questionamentos podem ser feitos para verificar a ajuda que o Industries pode fornecer: há demora para lançar novos produtos no mercado? Vale realmente a pena customizar processos de negócio como CPQ e OM ao invés de adquirir o processo já desenvolvido – o custo de manutenção tem sido levado em consideração? Quais as vantagens de possuir tais processos já aderentes ao CRM, de forma centrada no cliente? Como o pacote OmniStudio pode agregar na minha implementação de modo a diminuir o código utilizado? Isso tudo pode ser verificado por meio de um projeto de Assessment, projeto de curto prazo com especialistas da NTT DATA que verifica a aderência da organização Salesforce ao Industries para clientes atuais ou o valor que este pacote pode fornecer aos requisitos de negócio para novos clientes Salesforce.
No próximo artigo da série, vamos aprofundar com exemplos sobre como o Industries agrega no modelo de dados da organização. Até lá!