O artigo a seguir trata de um compartilhamento de experiências e dicas sobre o processo de migração para a área de UX Design. Espero que esse texto possa ajudar a todos que estão passando por essa etapa. Boa leitura!
Imagem by: Pixbay
UX Design é uma área bastante procurada, que envolve e abraça vários conteúdos, ferramentas e metodologias. São tantas vertentes e nomes diferentes que acaba sendo um pouco confuso entender e explicar o que de fato acontece no nosso dia a dia.
Nesse artigo, venho desmitificar esse processo de migração de área e tentar abrir sua visão para formas de buscar uma transição mais proveitosa. (Vale lembrar que muito desse discurso vem da experiência que passei e traz uma visão da minha perspectiva de vida.)
Para começar, preciso dizer que sou formada em publicidade e propaganda e durante a minha formação já sentia a necessidade de seguir por outro caminho. Por meio do curso, aprendi temas como pesquisa, personas, analise competitiva, entre outros assuntos que também fazem parte desse mundo de UX. Depois que descobri esse novo caminho, comecei o meu processo migratório.
Mas como começar essa migração? Então, vou demostrar em etapas de design como foi essa trajetória:
1. Entendimento/Pesquisa:
Após descobrir a existência da área, comecei a fase de entendimento e pesquisa. Primeiro, procurei entender por meio de vídeos, livros, artigos, o que era UX design. Após entender um pouco sobre o assunto, confesso que ficou ainda mais confuso o que acontecia no dia a dia de fato. Será que realmente era aplicado passo a passo todas as ferramentas e metodologias? Quais eram os desafios na prática? E como saber quando utilizar a ferramenta x ou y, e em qual momento? Eram tantas dúvidas que foi necessário pesquisar.
Com isso, fui atrás de pessoas que já estavam na área para tentar entender como as coisas funcionavam de fato. Dúvidas sobre metodologias, sobre formas de trabalhar e até em relação ao mercado de trabalho foram tiradas por meio de entrevistas com profissionais da área. Então a primeira dica que dou nesse processo todos é: façam networking para entender de fato o que acontece.
2. Definição:
Após saber um pouco mais sobre UX, chegou o momento de definir alguns pontos:
- Me vejo trabalhando nessa área? é uma área que me interessou?
- Se quero ser uma UX Designer, o que tenho que fazer? quais caminhos tenho que seguir?
- Quanto de esforço e dedicação posso/devo aplicar nesse processo de migração?
- E qual o prazo que quero que isso aconteça?
Esses pontos são bastantes importantes para definir quais vão ser nossos próximos passos. Se meu objetivo é me tornar UX designer daqui a um ano, sei que posso distribuir meus esforços nesse período de tempo para que fique confortável na minha rotina, mas se meu desejo é fazer esse processo migratório durante 3 meses, minha dedicação de tempo/esforço acima disso será bem maior.
Definindo isso, conseguimos analisar quais caminhos podemos seguir. No meu processo de migração, além de estudar por conta própria, realizei um curso intensivo de UX Design na Awari durante 3 meses. O curso intensivo fazia com que me dedicasse mais tempo ao assunto e conversasse o tempo todo com profissionais da área. Isso ajudou muito a complementar o que eu já sabia e tirar as dúvidas restantes sobre o tema.
3. Ideação:
Depois de se planejar e definir, agora temos que idealizar tudo isso. Já temos as respostas das nossas definições? Se sim, então aqui é o momento de pensar como vamos cumprir com nossos objetivos.
Para isso, aconselho voltar aos papos com profissionais da área e pessoas que passaram pelo mesmo processo de migração. Essa é a hora de colher informações sobre ideias do que pode ser feito para termos o sucesso do nosso processo de migração. Um ponto importante para alcançar esse objetivo é ter um projeto realizado, e você pode realizar esse projeto por conta própria, por meio de um curso, mentoria… Isso varia de acordo com o método que você decidir traçar. O importante é que no final dessa trajetória, você tenha em mãos um case que mostre todo seu conhecimento que você tem sobre os processos e metodologias.
E não só isso, também é analisado a forma que você pensou e planejou seu projeto, sua organização com os documentos, a forma que você apresenta sua ideia. Então o foco não é só no trajeto e sim no que foi construído a partir disso.
4. Prototipação/teste:
Por fim, nessa ponta do nosso diamante, vamos por em prática tudo que planejamos fazer. Esse é o momento que pegamos todo nosso conhecimento e tornamos ele palpável para as outras pessoas. É hora de colocar o projeto na mesa, organizar as redes profissionais e aplicar para vagas!
Mas antes de aplicar, é importante pesquisar sobre a empresa, entender se sua cultura e valores estão compatíveis com os seus. Isso é bastante importante, pois queremos trabalhar em lugares que nos acolham e que nos façam sentir integrados como um todo.
Depois disso, pode aplicar a vontade! hehe. Uma dica valiosa que dou no processo de aplicação para vagas, é organizar tudo. Coloque em um documento a lista de vagas aplicadas, em qual parte do processo você parou, os feedbacks que recebeu. Isso tudo é muito importante para analisar os pontos que você precisa melhorar para uma próxima seleção.
Um conselho bônus, seja resiliente. Esse processo de migração pode ser moroso e cansativo, por isso, não se cobre tanto ou pense que é incapaz. Sempre tente analisar os possíveis erros na jornada, melhore e tente novamente.
E se você ainda está inseguro com o processo: teste!
Chame pessoas, apresente seu case, mande o link do conteúdo para ter um feedback sobre ele. Com isso, você vai saber qual a melhor forma de apresentar e como descrever esse processo de uma forma clara e objetiva pra todos.
Esses foram os passos que me ajudaram a conseguir concluir essa etapa de migração. Não é algo fácil, mas posso dizer que é muito prazeroso. Conversar e criar uma rede de contatos é algo que vai facilitar e agregar muito no desenvolvimento do seu trabalho e da sua vida.
Boa sorte a todo mundo e sucesso nesse processo de migração!