Agenda do CEO: o futuro exige estratégia e audácia | NTT DATA

qua, 22, março, 2023

Agenda do CEO: o futuro exige estratégia e audácia

As agendas dos líderes das grandes empresas latino-americanas estão atualmente carregadas de desafios jamais vistos. O mercado global enfrenta uma série de pressões econômicas, escassez de talentos, mudança de modelos de negócios, aumento dos custos de energia e ameaças à cibersegurança, assim como novas demandas diárias de clientes e consumidores.

Então, como os CEOs devem lidar com estes desafios? Na maioria dos artigos de opinião, as recomendações apontam para a "resiliência". Entretanto, acredito que o termo que deve estar na mente de todos os líderes latino-americanos é "audácia". Além da capacidade de adaptação e sobrevivência nestes tempos de turbulência, há uma oportunidade para que as empresas da região aproveitem esta vertigem global para reduzir a disparidade de competitividade com mercados mais maduros. Para conseguir isto, é necessário abrir caminhos para novas abordagens.

As empresas com operações na região enfrentam uma combinação de fatores críticos que afetam praticamente todos os aspectos dos negócios. Em particular, a pandemia de COVID-19 gerou um crescimento econômico frágil em todo o mundo, juntamente com índices inflacionários que as economias estáveis não sofrem há décadas e a ruptura das cadeias de fornecimento globais. Além disso, a guerra na Ucrânia aumentou ainda mais a pressão sobre esses vetores e gerou novos obstáculos, como o aumento dos custos de energia na Europa. Neste contexto, o ambiente político na América Latina também criou um ambiente desafiador para os negócios.

Todas essas pressões econômicas, políticas e sociais complicaram a atração de investimentos e exigiram das empresas níveis mais altos de produtividade e eficiência. Além disso, as flutuações cambiais tornaram as estratégias de precificação mais difíceis. Portanto, é crucial que as empresas tomem medidas ousadas para enfrentar estes desafios e aproveitem a oportunidade para reduzir as disparidades de competitividade em relação a mercados mais maduros.

ESG: oportunidades inéditas para a América Latina

Os líderes empresariais latino-americanos têm uma enorme oportunidade de incorporar estratégias de sustentabilidade em suas operações. Em um mundo cada vez mais consciente da importância do impacto ambiental e social dos negócios, a região tem a oportunidade de liderar a mudança em direção a um modelo mais sustentável e responsável.

Para aproveitar esta oportunidade, a sustentabilidade precisa ser o fio condutor da estratégia de negócios das empresas da região. Isto significa que as iniciativas de ESG devem ser integradas em todas as funções operacionais, incluindo investimento em novas tecnologias, atendimento ao cliente, processos de produção, estrutura de governança e transparência, processos de comunicação e gestão de talentos.

Para alcançar esta transformação, uma nova visão ousada será necessária, possivelmente com impacto sobre o modelo de negócios das empresas. Mas, se implementada corretamente, a incorporação das estratégias de ESG pode ser a força motriz para promover o desenvolvimento sustentável e o crescimento das empresas da América Latina.

Talento: adoção efetiva de people centric

O talento é uma questão crítica para todas as organizações, e não deve ser abordado apenas pelo CHRO e pela área de gestão de pessoas. Na América Latina, os desafios são enormes, há uma enorme escassez de profissionais qualificados, especialmente em perfis digitais, enquanto milhões de pessoas sem qualificações são incapazes de entrar no mercado de trabalho. Além disso, a pandemia levou a grandes mudanças nos padrões de trabalho, de trabalho remoto para trabalho híbrido, enquanto as novas gerações têm uma perspectiva diferente sobre o propósito do trabalho e as razões na escolha de uma determinada organização. Para enfrentar estes desafios, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica de gestão de talentos que envolva todas as áreas da organização e esteja alinhada com a sua estratégia de negócios.

Mais uma vez, a ousadia assume um papel central. Ao invés de adotar estratégias para atrair e reter talentos ou adaptar antigos modelos de gestão aos novos tempos, é hora de adotar uma abordagem verdadeiramente centrada nas pessoas (people centric). Isto significa abraçar a diversidade e a inclusão, repensar os processos relacionados às pessoas e, mais importante ainda, desenvolver iniciativas que contribuam para o aumento da qualificação e do crescimento na região.

Tecnologias emergentes: aceleradores da transformação

As tecnologias emergentes surgem como aliadas-chave para enfrentar todos esses desafios. A computação de borda (edge computing), por exemplo, traz velocidade e escalabilidade em ambientes distribuídos, permitindo que os dados sejam processados no mesmo local onde são gerados. As soluções biométricas, por sua vez, permitem avanços significativos na proteção de dados e segurança da informação. A automação, a robótica avançada, a realidade virtual, a computação quântica, o digital twins, o metaverso e, é claro, a inteligência artificial, cada um contribui à sua maneira para impulsionar a transformação exigida.

Um estudo recente conduzido pela Harvard Business Review Analytic Services em associação com a NTT DATA constatou que 90% dos CEOs consideram importante ou muito importante a adoção dessas tecnologias nos próximos anos para obter valor comercial, ganhar produtividade e eficiência, aumentar a reputação da marca, melhorar o conhecimento sobre os clientes, obter insights para a tomada de decisões orientadas por dados e até mesmo antecipar cenários, sendo este último ponto essencial considerando o contexto de incertezas.

Entretanto, não devemos perder de vista o fato de que a tecnologia é apenas um facilitador, já que para obter resultados reais, as empresas latino-americanas devem avançar em processos de transformação profundos que envolvam toda a organização e até ousar rever a visão e a missão da empresa para verificar se estão de acordo com as exigências da sociedade.

Em suma, se os CEOs da região avançarem com visão estratégica e audácia, certamente começaremos nossa análise do próximo ano dizendo: "As agendas dos líderes das grandes empresas latino-americanas nunca estiveram tão repletas de oportunidades".

 


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